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CONTEÚDO
Larissa Cohen
| Terapia de Florais | Nutrição Integrativa |
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Seu cérebro pode estar viciado.
E a culpa não é sua, mas dos alimentos ultraprocessados que interferem no sistema de recompensa.
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Seu cérebro pode estar reagindo como se estivesse viciado — e a culpa não é sua, mas dos alimentos ultraprocessados que interferem no sistema de recompensa

Imagine isso: você acaba de almoçar. Está satisfeita. Mas, de repente, vê uma embalagem colorida, ou escuta o som de um pacote de salgadinho sendo aberto ou passa em frente à uma loja de doces. Em segundos, o desejo de comer reaparece, como mágica.

Parece familiar?

Embora muitas pessoas relatem comportamentos semelhantes ao vício em relação à comida (como perda de controle, compulsão, tolerância e abstinência), o uso do termo ´´vício em comida´´ é controverso na literatura científica, por várias razões. A comida não é uma substância específica — é um conjunto complexo de nutrientes, sabores, texturas e respostas emocionais. Apesar de alimentos altamente palatáveis ativarem o sistema de recompensa (como dopamina), a intensidade e a natureza dessa ativação são diferentes das drogas. A resposta cerebral ao alimento é influenciada por fatores sociais, emocionais e hormonais, e não apenas por efeitos químicos diretos.

Muitos estudos mostram que o comportamento aditivo está mais relacionado ao padrão alimentar e ao ambiente emocional do que à substância em si.

A ciência agora tem uma explicação para esse comportamento — e ela vai muito além da ´´falta de força de vontade´´ de manter uma dieta saudável.

Segundo um estudo publicado na prestigiada Nature Metabolism (2025), bastaram cinco dias consumindo salgadinhos e doces ultraprocessados para causar danos no cérebro de pessoas saudáveis. Isso mesmo: menos de uma semana. Sem ganho de peso. Sem alterações visíveis. Mas com o cérebro funcionando de maneira diferente — pior.

Você sabe que o comportamento alimentar desregulado ou padrões compulsivos podem ser consequência de uma alimentação que sabota sua bioquímica antes mesmo de aparecer alterações nos seus exames?

Quando a comida manipula seu desejo

A insulina é muito mais do que um hormônio que regula o açúcar no sangue. Ela também atua diretamente no cérebro, no sistema nervoso central, principalmente no hipotálamo, região que regula fome e saciedade. Isto é, quando você se alimenta, a insulina entra no cérebro por meio da barreira hematoencefálica e lá ativa receptores no hipotálamo que reduzem o apetite e aumentam a sensação de saciedade.

A insulina age controlando o apetite, a saciedade e a tomada de decisão nas escolhas dos alimentos.

Só que quando você consome alimentos ultraprocessados, essa comunicação se quebra. Em pessoas com consumo frequente de açúcar, carboidratos refinados e alimentos ultraprocessados, pode haver resistência à insulina central (no cérebro). Ou seja: a insulina está presente, mas os neurônios não respondem a ela como deveriam. Isso faz com que o sinal de saciedade fique ´´bloqueado´´, levando à fome persistente, mesmo após refeições.

No estudo mencionado acima, jovens magros, saudáveis e com peso normal ingeriram 1.500 calorias extras por dia provenientes de chocolates caramelizados, batata frita e outros lanches hipercalóricos. O resultado? A resposta à insulina em áreas cerebrais ligadas à recompensa, prazer e memória foi prejudicada. Mesmo uma semana depois de pararem com os lanches, os danos continuavam lá.

  • Você se sente menos saciada.
  • Deseja mais comida, mesmo sem fome.
  • Fica mais vulnerável a comer por impulso, por emoção ou por ansiedade.

Seu cérebro está aprendendo a comer por motivos errados

Outro estudo, publicado na Proceedings of the Nutrition Society, revela um cenário ainda mais alarmante: o ambiente em que vivemos está treinando nosso cérebro a desejar comida — mesmo quando o corpo não precisa.

A publicidade, os sabores artificiais, os sons, as embalagens, os aplicativos de delivery — tudo isso foi pensado para sequestrar seus mecanismos de recompensa e te ensinar a comer por prazer visual, emocional e imediato. É o chamado condicionamento alimentar moderno.

Você pode estar saciada, mas ainda assim querer um chocolate. Um pão. Uma batata frita. Isso não é fraqueza. Isso é a sua biologia sofrendo a ação do ambiente obesogênico que nos rodeia. Está explicado pela ciência.

Os alimentos que mais despertam compulsão

Não é qualquer alimento que bagunça seu cérebro. As pesquisas mostram que certas combinações específicas têm um efeito mais intenso na neuroquímica do prazer e da saciedade. E adivinha? Eles estão em todo lugar:
  • Salgadinhos industrializados: ricos em gordura, sal e crocância — uma bomba para os sensores cerebrais de recompensa.
  • Doces com gordura hidrogenada e xaropes: aumentam a liberação de dopamina, gerando mais desejo.
  • Comidas hiperpalatáveis: como fast-foods, pizzas congeladas, biscoitos recheados e bebidas açucaradas. Eles combinam múltiplos estímulos sensoriais (textura, cor, sabor) para hackear seu sistema de saciedade.

Estudos mostram que esses alimentos não apenas geram compulsão, mas também prejudicam a substância branca do cérebro, que conecta os centros de decisão e autocontrole.

O preço invisível da compulsão alimentar

A compulsão alimentar não se manifesta só em quilos a mais. Ela aparece em:
  • Fadiga mental
  • Falta de foco
  • Desregulação hormonal
  • Ansiedade e irritabilidade
  • Alterações no fígado
  • E até em quadros depressivos

E o mais chocante? Seu exame de sangue pode estar perfeito enquanto o cérebro já está em pane.

Como sair desse ciclo?

Você não está presa a esse padrão. Entender o funcionamento do seu corpo é o primeiro passo para retomar o controle. Mas é preciso parar de tratar a compulsão como um ´´vício em comida´´ e começar a enxergá-la como o que ela realmente é: um problema neurometabólico, silencioso e coletivo.

Não se trata de comer menos. Mas de comer com consciência. De entender o poder dos estímulos invisíveis e reconectar-se ao seu corpo — de verdade.

E é sobre isso que eu falo todos os dias por aqui nas redes sociais e no meu consultório: como recuperar a sua autonomia alimentar com ciência, sensibilidade e escolhas possíveis. Este é um processo contínuo e longo. Não é para desistir na 1ª semana, e sim para vencer cada dia em que você possa adicionar alimentos saudáveis para que mudem sua bioquímica cerebral e te ajudem a desinflamar como um todo e mudar seu comportamento alimentar.

Cada tratamento nutricional é personalizado, é customizado para o seu DNA, para o seu ambiente, para a sua rotina e para a sua vida.

Que tal agora uma reflexão: qual desses alimentos você sente que mais te “chama”, mesmo sem fome? Você deseja mudar? Você deseja estar livre desse ciclo que te amarra ao conflito do comer ou não comer, da culpa e da tristeza?

Se sim, procure profissionais da área da Nutrição e da Psicologia para te auxiliarem nesse processo.

Fonte:

https://doi.org/10.1038/s44324-025-00056-3
https://doi.org/10.1038/s42255-025-01226-9

Data: 14/05/2025


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